Cambio automatizado caminha para o fim de produção, suas vendas caíram 62,3% em 5 anos.
Transmissão mais simples, criada para quem não pode pagar por um câmbio automático convencional, caminha para o fim.
Automatizados de dupla embreagem sobrevivem.
O mercado brasileiro tem absorvido cada vez mais os carros automáticos, cujas vendas triplicaram em 10 anos.
Dentro desse universo, porém, os automatizados têm perdido terreno para a transmissão automática "clássica".
Em 5 anos, os emplacamentos desse tipo de câmbio caíram 62,3%, de acordo com a consultoria Jato.
É bom lembrar que existem dois tipos de câmbios automatizados:
- os de embreagem simples
- os de dupla embreagem (apesar do nome, ambos dispensam o pedal da embreagem).
Os simples surgiram como alternativa para quem não pode pagar por um câmbio automático convencional.
Por isso, seu funcionamento tem alguns poréns, como trocas mais lentas e trancos, causadas pelo "buraco" entre o acionamento da embreagem pelo sistema e a mudança de marcha.
Isso afeta também o desempenho do veículo.
Na automatizada de dupla embreagem isso não acontece: assim como na transmissão automática "clássica", as trocas são rápidas e suaves, graças a um sistema mais sofisticado.
De qualquer forma, os automatizados estão perdendo espaço desde 2014, quando tiveram seu melhor ano de vendas - 177.719 unidades.
Em 2018 foram 67.066, ou 62,3% a menos, segundo a Jato.
Câmbio automatizado em queda
Nos últimos anos, alguns modelos mais "populares" trocaram este tipo de transmissão pela automática, caso das linhas Volkswagen Gol e Voyage.
Outros abandonaram a opção de vez, como os Renault Sandero e Logan e o Fiat Uno.
Atualmente, apenas 2 marcas oferecem modelos com embreagem simples:
- Fiat, com o GSR,
- Volkswagen, com o I-Motion.
São 5 modelos ao todo: Argo, Cronos, Mobi, Fox e Up!.
Aqui, diversos modelos oferecem opções: Ford Focus Powershift, Chery Tiggo 5X, Volkswagen Golf GTI e Tiguan R-Line, entre outros.
FONTE: DIÁRIO DE MOTORISTA